
Havia um coração hermético
Há, hoje, um coração em compulsão
Havia um coração fatigado
Hoje, há um coração em fagulhas
Havia um samba triste
Hoje, há um fado reluzente
Havia um idioma desconhecido
Hoje, há um idioma próximo, quase íntimo
Há um amor além-mar
Sinto-te e te desejo sem tocar-te
Teu sorriso me embriaga, entorpece, fascina
Não posso imputar um coração solitário
As vicissitudes da vida te trouxeram até mim
Não foi o acaso, nem um coração peregrino
Nem a pérfida solidão
Foi alquimia da vida
Foi e é mais um desígnio metafísico, miraculoso
Hoje, há corações miscíveis
Há um encontro lusitano
Há em mim... um amor lusitano!
Flor Brasil
Direitos re(pre)servados da autora
junho, 21 - 2018